O desejo de empresários e, segundo declarações na imprensa, da própria Fifa de fazer a abertura da Copa 2014 em São Paulo está ameaçado. Para o engenheiro João Alberto Viol, ele só poderia se concretizar se o Morumbi for o estádio da Copa. O prefeito da cidade, Gilberto Kassab, já insistiu que o estádio do Morumbi ainda era a opção número um da cidade, mas, nesta sexta (9), o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, limou as esperanças e reforçou o veto da Fifa ao local.
Viol, presidente nacional do Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Engenharia Consultivas), diz que não se pode mudar de ideia num prazo tão curto como o de quatro anos. “Um novo estádio poderia ser uma opção, desde que tivesse sido planejado em tempo hábil, desde 2007″, afirma. “Se a cidade quer a abertura da Copa, vai ter que investir no Morumbi”.
A polêmica sobre como São Paulo vai receber os jogos ficou apimentada desde que a Fifa descartou o projeto do Morumbi em junho, alegando que o São Paulo Futebol Clube não apresentou garantias financeiras para a reforma necessária no estádio. Para que o Morumbi pudesse abrigar ao menos 65 mil torcedores (exigência para o estádio da abertura da Copa), seria necessária uma obra que rebaixasse o campo e aumentasse a arquibancada, explica Viol. O custo sairia por volta dos R$ 600 milhões.
A alternativa mais comentada até agora é a construção de um estádio em Pirituba. Já havia planos de fazer um complexo esportivo na região antes da Copa. Mas, para Viol, São Paulo pode perder a chance de sediar a abertura se optar por Pirituba. “Pelos projetos a que tivemos acesso, Pirituba seria uma outra história”, diz, “é uma arena multiuso, mas o estádio teria apenas 45 mil lugares, e não 65 mil”. Para ter a abertura em Pirituba, portanto, o projeto teria de ser mudado, o que aumentaria os gastos previstos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário